quarta-feira, 18 de maio de 2011

15 de Maio - Dia Internacional da Família - Passeio Pedestre (II)

Felgueiras: Centena e meia de pedestrianistas desvendou trilhos da pintura mural

Foi no passado domingo, dia 15, que cerca de 150 caminheiros percorreram os trilhos da pintura mural da Rota do Românico, no concelho de Felgueiras e deixaram-se encantar pela beleza artística dos frescos e pelo património histórico, cultural e paisagístico da região.

O ponto de partida e chegada do percurso foi o Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro e ao longo de aproximadamente 15 quilómetros, os pedestrianistas foram conduzidos por trilhos que os levaram às pinturas murais da Igreja de São Martinho de Penacova, da Igreja de São Vicente de Sousa e do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro.

Na Igreja de São Martinho de Penacova, o olhar prendeu-se à pintura mural da parede fundeira da capela-mor, que representa o célebre episódio da partilha da capa militar de São Martinho com um pobre. Estes frescos, descobertos recentemente, terão sido encomendados por D. António Melo, abade do Mosteiro de Pombeiro.

Mereceram também realce as representações de sereias, símbolos de tentação muito ligados à iconografia românica, e a cena da perseguição de um homem por um dragão e todos os animais aí representados.

A segunda paragem do percurso foi a Igreja de São Vicente de Sousa, onde os caminheiros puderam apreciar os frescos da fragmentada pintura mural existente no tardoz do retábulo-mor parecem ser dedicados a São Vicente, apesar da sua difícil interpretação. A fragmentação terá resultado das profundas obras de ampliação da capela-mor que decorreram no século XVIII.

Os pedestrianistas puderam, ainda, contemplar a representação de temas alusivos à vida e ao martírio de São Vicente, presentes no teto em madeira da capela, em caixotões, de estilo maneirista.

Já de volta ao Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro, puderam apreciar dois temas de pintura mural. No absidíolo do lado da Epístola a pintura mural representa dois discípulos de São Bento, Santo Amaro e São Plácido, e terá sido realizada pelo mestre Arnaus no início do abaciado de D. António Melo (1526-1556). No absidíolo do lado do Evangelho, a pintura mural, que se encontra em muito mau estado de conservação, deverá representar o Sacrifício de Noé após o Dilúvio ou uma cena de vida de São Brás que, segundo a lenda, foi encontrado na selva no meio de animais selvagens.
Fonte: averdade.com

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